Destinos e Cidades

Cusco

CUSCO, mítica capital do Império Incaico, conserva orgulhosa suas paredes e muros de pedra, que evocam a grandeza dos filhos do sol. Cidade circundada de monumentos e relíquias históricas, de mitos e lendas, que parecem renascer cada vez que recorre suas centenárias ruas. O departamento de Cusco é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade, foi o berço da grande civilização Inca e devido aos grandiosos monumentos que tem é o principal centro turístico do Peru. A cidade de Cusco oferece a seus visitantes variedade de atrativos tanto naturais como culturais. Chegar a esta cidade, caminhar por suas ruas e desfrutar suas paisagens é transportar-se diretamente ao passado, sua atmosfera causa em quem respira vivencias de profunda fascinação.

Localização
Visitar a antiga cidade de Cusco, localizada no vale do Rio Huatanay, nos Andes sul orientais do Peru, a 3,360 m.s.n.m. é uma experiência inesquecível, que permite revelar alguns dos mistérios dos Incas, porque o Cusco foi o centro, o umbigo do mundo andino.

Historia
O Império dos Incas o Tahuantinsuyo, considerado um dos maiores da historia, estendeu-se até Pasto em Colômbia pelo norte e até o rio Maule em Chile pelo sul, teve seu centro e capital em Cusco, considerada a cidade sagrada. Seu nome em quéchua, Qosqo, significa “Umbigo do mundo”, devido a que ela partia uma vasta rede de caminhos que unia praticamente toda America do Sul, desde o sul de Colômbia até o norte de Argentina.

Conta o mito que a capital foi fundada por Manco Capac e Mama Ocllo, filhos do deus Sol que saíram do Lago Titicaca com a missão de procurar um lugar que fosse o centro de um grande reino. O casal chegou a Cusco e ensinou as artes de tecido, cerâmica, artesanato e agricultura aos seus habitantes primitivos. O mito retrata a importância ritual de Cusco, mais esquece a seus predecessores como os habitantes de Marcavalle (1000 a.C), ou os estabelecimentos de Huari (750 d.C).

Os quéchuas, cujo soberano era o Inca, não teriam sido originários de Cusco senão que teriam chegado à zona recém ao redor do ano 1200 d.C. Sua presença motivou lutas e alianças com outros povos, finalmente estabeleceram um domínio indiscutível no vale que seguiu, uma continua expansão a outras zonas da área andina.

Com a conquista, o 23 de março de 1534, procederam à fundação espanhola da cidade. A chegada de uma nova cultura transformou os templos e palácios incaicos em casas ou igrejas coloniais. A cidade pouco a pouco foi se convertendo em símbolo da mestiçagem, não somente arquitetônico mais principalmente cultural.

O terremoto de 1650 reduz à ruínas a cidade e os arredores mais foi a ocasião para iniciar o novo arte cusquenho sob patrocínio do Bispo Mollinedo, quem no seu propósito de reconstruí-la, inspirou o desenvolvimento da arquitetura, a escultura em madeira e a pintura.

Cusco foi cenário de vários movimentos de resistência andina, entre os que destacam o de Jose Gabriel Condorcanqui, Tupac Amaru II, em 1780. O rebelde enfrentou a corregedores e autoridades que tentavam aplicar uma serie de reformas e maltratavam a população andina.

Depois da declaração da Independência, o Libertador dom Jose de São Martín criou o departamento de Cusco o 26 de abril de 1822 mais foi em 1825, com a chegada de Simão Bolívar, que se romperiam os laços com a coroa espanhola.

Atualmente, Cusco é um dos centros mais importantes da atividade turística na America do Sul e o mundo, é uma cidade cosmopolita onde a historia late a cada passo, onde se vê pessoas de todas as nacionalidades, caminhando entre muros incas, onde existem modernos serviços turísticos e no qual a noite gira intensamente ao redor dos restaurantes, bares e discotecas. Cusco “Capital Arqueológica de America”, é uma cidade aberta ao mundo, que acolhe com os braços abertos aos visitantes, que observam maravilhados sua face, que fusiona em um mesmo ambiente urbano e com particular harmonia, monumentos pré-colombinos como o Corichancha (Templo do Sol), o Ajlla Wasi, o Amaru Chanchã (Cerca de Serpente), o Kiswar Kancha, entre outros; com jóias da mestiçagem como a Catedral, a Igreja e o Convento da Merced e o Templo de São Blas.

Atrativos de Cusco e seus arredores
Majestosas muralhas incas, coloridos vestidos, vales sagrados, igrejas construídas sobre palácios, cidadelas perdidas nas alturas dos Andes, caminhos lendários... toda a beleza de um passado glorioso se apresenta em torno ao visitante que chega a Cusco: a cidade sagrada do Incas e a capital arqueológica da America. Ademais desde 1911, ano em que o arqueólogo norte-americano Hiram Bingham descobrira para o mundo a cidadela de Machu Picchu, Cusco tem provocado a imaginação de milhares e milhares de viajantes no mundo quem se aventuram, cada ano, no milenário Caminho Inca procurando coroar a cima deste monumento arqueológico, um dos mais impressionantes de todo o mundo.

A cidade, porem, apresenta muitos outros atrativos que por si mesmos seriam suficientes para atrair o turista: a Praça de Armas, chamada Huacaypata pelos Incas, o bairro dos artesãos de São Blas, o Convento de Santo Domingo, construído sobre o Templo do Sol ou Korichancha, os palácios do Inca e da sua coorte, e varias outras maravilhas arqueológicas e históricas.

Cusco esta rodeado de impressionantes restos arqueológicos, como a cidadela de Machu Picchu, a fortaleza de Sacsayhuaman, o complexo de Ollantaytambo e de povos pitorescos como Pisac, Calca e Yucay, que mantêm as tradições dos seus antepassados. Nos seus arredores se podem percorrer além de uma serie de circuitos – que, na sua maioria, incluem as imponentes ruínas de Sacsayhuaman ou de Tambomachay – nos que o visitante pode realizar todo tipo de esportes de aventura e participar das mais espetaculares festividades religiosas do continente. Algumas destas celebrações – como as do Qollur Riti, que se realiza a 4000 metros sobre o nível do mar, a procissão do Corpus Christi ou o famoso Inti Raymi – estão entre as mais impressionantes no seu tipo no mundo.

Possuidora de uma intensa vida noturna, Cusco é também uma mágica cidade, vertiginosa e excitante. Isto, junto com a riqueza arqueológica que se encontra quase em cada uma de suas ruas, faz da cidade sagrada dos Incas a mais espetacular dos destinos do circuito turístico americano.

Há tanto para visitar que recomendamos pelo menos 4 ou 5 dias para ficar e poder desfrutar da cidade e dos seus arredores.

Urubamba e o Vale Sagrado dos Incas
Considerado como o “Paraíso Bíblico” pelo grande naturalista do século XVIII Antonio de Leon Pinelo, Urubamba é hoje em dia um dos mais belos povoados do Vale Sagrado dos Incas. Localizado ao nordeste da cidade de Cusco, nas margens do rio Vilcanota, em uma zona que se conhece como o “Vale Sagrado” devido a seu clima temperado, terra fértil e abundantes riachos, que fazem deste vale um dos mais belos do planeta.

Ao longo da ribeira do rio Vilcanota ou Urubamba, como o chamam a partir de Pisac, se podem encontrar povos fundados pelos espanhóis que parecem detidos no tempo, assim como também inumeráveis edificações incaicas tais como templos, fortalezas, palácios, centros religiosos, plataformas agrícolas, centros urbanos e sistemas de aquedutos, alguns de fácil acesso já que apenas é necessária uma pequena caminhada para aceder a eles, enquanto aos outros é preciso, devido a distancia, andar a pé umas quantas horas por trilhas que parecem ter sido desenhadas pelas montanhas.

Aos dois lados do rio se pode apreciar a impressionante cordilheira entrelaçada com os férteis vales da região em um trajeto de 43 quilômetros.

O Vale Sagrado dos Incas é um dos maiores atrativos turísticos da região andina pelo seu impressionante paisagem, seus imponentes nevados, seu clima agradável, suas férteis terra com abundante água, suas megalíticas evidencias culturais e porque dá diversas possibilidades para praticar turismo de aventura. Pode chegar desde a cidade de Cusco através de rodovia ou por via férrea.

Entre os lugares principais para visitar estão: Pisaq com sua colorida feria; Calca com suas águas térmicas; Yucay com seu palácio Inca; Urubamba com sua beleza natural e seus esportes de aventura; Ollantaytambo com sua majestosa fortaleza; Chinchero com seu mercado que ainda se faz o troco de bens, Maras com suas famosas minas de sal o salineras; Moray com seu admirável sistema de plataformas andinas concêntricas, etc.

Povoado de Pisaq
Típico povo andino localizado a 32 kms ao nordeste de Cusco em cuja praça principal se realizam as quintas-feiras e os domingos a famosa feria artesanal. Na sua antiga igreja se celebra, cada domingo, a missa em quéchua com a assistência dos prefeitos dos distritos vizinhos quem vestem trajes típicos e portam a “vara” o cetro de mando pelo qual chamam-se “Varayocs”. Perto do povo e sobre uma montanha, esta o complexo arqueológico de Pisac, conformado por numerosas praças e bairros, entre os quais destaca um recinto ou templo onde se encontra um observatório astronômico e um relógio solar o “Intiwatana”. As construções incaicas de Pisac são admiráveis por suas estruturas em pedra polida, perfeitamente colocadas; estão rodeadas por atalaias ou pontos de observação e defesa, assim como por inumeráveis terraços agrícolas.

Povoado de Calca... A morada de outono do Inca
Reconhecida por seus extraordinários paisagens, se localiza a 50 kms ao norte da cidade de Cusco. Em Calca esta o complexo arqueológico de Huchuy Qosqo, os banhos termo medicinais de Machacancha (águas térmicas sulfurosas), e Minasmoqo (águas gasosas frias), suas paisagens são realçados pelos nevados Pitusiray e Sawasiray. Apresenta um acolhedor clima temperado durante todo o ano, com banhos térmicos que renovam o espírito, admiráveis grupos arqueológicos para visitar e pessoas de impressionante cordialidade. Um perfeito lugar para relaxar-se e descansar. Precisamente esta foi a razão pela qual Huiracocha, o oitavo Inca, escolhera esta zona para estabelecer sua morada, porque velho e cansado quis afastar-se do governo para procurar o sossego e a tranqüilidade que este maravilhoso lugar lhe deu.

Povoado de Yucay
Belo povoado localizado a 68 kms ao norte da cidade de Cusco. Segundo as lendas, foi propriedade pessoal do Inca Huayna Capac. Desde os tempos antigos foi considerado um centro importante da tecnologia hidráulica e produção agrícola. Nesta localidade se pode apreciar o Palácio do Inca Manco Sayri Tupac II, uma construção de pedra e adobe com decorado em alto e baixo relevo.

Povoado de Urubamba
Chamado também a “Perola do Vilcanota”, ressalta por seu belíssimo paisagem e por seu clima saudável, se localiza no coração mesmo do Vale Sagrado, ao pé dos nevados Chicón e Pumahuanca. Foi um dos principais centros agrícolas do Império Inca. Urubamba brinda diferentes alternativas para praticar o turismo de aventura: caminhadas, canoagem, ciclismo de alta montanha, parapente, sobrevôos em globo aerostatico e passeios a cavalo.

Conjunto arqueológico de Ollantaytambo
Localizado a 97 kms ao nordeste da cidade de Cusco, Ollantaytambo, é um dos complexos arquitetônicos mais monumentais do Império Incaico, comumente chamado “Fortaleza”, devido a seus muros descomunais, foi em verdade um Tambo ou cidade-hospedagem, situada estrategicamente para dominar o Vale Sagrado dos Incas. O tipo arquitetônico usado, assim como a qualidade de cada pedra, trabalhada individualmente, fazem de Ollantaytambo uma das obras de arte mais peculiar e surpreendente que realizaram os antigos peruanos. Foi um importante centro administrativo, que provavelmente também desenvolveu funções militares como deixam testemunha suas muralhas e torreões. Também se encontram marcas de antigos caminhos e aquedutos. O povo de Ollantaytambo é chamado “Povo Inca Vivo”, pois seus habitantes vivem de acordo aos usos e costumes herdados dos seus antepassados. Desde Ollantaytambo, pode visitar o povoado de Willoc, cuja língua mãe ainda é o quéchua, e cujas vestimentas vermelhas os identificam como membros de um único ayllu e diferente ao resto da região.

Povoado de Chinchero
Conhecida como a cidade do Arco Iris esta localizada a 28 kms. ao nordeste da cidade de Cusco, sobre os 3,772 m.s.n.m., flanqueada pelos nevados de Salkantay, Verônica e Soray. A vista desde aqui é impressionante. Chincero, o povo mais típico do Vale Sagrado dos Incas, é uma cidade netamente incaica que os conquistadores quiseram “civilizar” para implantar sua cultura, mais nunca o lograram totalmente. Seus habitantes moravam nas construções incaicas quase intactas, no mesmo lugar onde seus antepassados viveram e formaram a maior e mais prospera civilização de America. Em Chinchero o passado persiste obstinadamente, como se o espírito de uma cultura milenária se prende neste lugar, negando-se a desaparecer. Os habitantes nativos, ataviados com coloridos trajes típicos, descem das suas comunidades os domingos e se juntam na praça principal para intercambiar seus produtos. Observar a todo este grupo de pessoas de raízes culturais, alheias a toda sinal de modernidade, resulta tudo um espetáculo.

Povoado de Maras
Localizado a 48 kms ao nordeste da cidade de Cusco, foi um povoado importante durante o vice-reinado, como o demonstram a igreja e as casas que ainda conservam os escudos da nobreza indígena nos seus frontes. Atualmente sua principal atividade econômica é a agricultura. Entre os atrativos mais visitados, destacam suas Salineras, localizadas a 10 kms do povoado. As Salinas de Maras, como também são chamadas, são minas de sal e sua explotação é tão antiga como o Tahuantinsuyo. Os habitantes levam a água salina que sai do solo para poças nas que por efeitos do sol, evaporam-se deixando na superfície o sal que depois é tratada para ser vendida no mercado local. A vista do conjunto de aproximadamente três mil poças, é espetacular. Os habitantes mostram aos visitantes suas técnicas ancestrais e permitem que intervenham na colheita, assim como nas festas e rituais andinos.

Povoado de Moray
A somente 38 kms. de Cusco e a 9 kms. da cidade de Maras se encontra em um lugar de aura misteriosa: os quatro terraços circulares de Moray, que se assemelham a impressões digitais em um pântano a 3500 m.s.n.m. Moray, que foi usada para a adaptação de plantas a novos ambientes climáticos, constitui uma prova mais do altíssimo nível de conhecimentos agrônomos atingido pelos Incas. Esta era uma estação experimental formada por imensas depressões cônicas de 47 a 84 mts., cortadas na pedra caliça, onde se conseguiam diferentes climas de acordo com a profundidade dos terraços agrícolas.

Os terraços deste famoso anfiteatro afundado, como se fosse uma cratera artificial, foram construídos sobre os muros de contenção preenchidos com terra fértil e regados com complexos sistemas de irrigação. Desta forma, a variação térmica existente entre a superfície e o fundo destes buracos naturais foi aproveitada para que em cada terraço se adaptasse distintas variedades de plantas (mais de 250 espécies vegetais). Especula-se que, a partir da sua experiência nesta espécie de casa de vegetação, os Incas organizavam a produção agrícola em todo o Tahuantinsuyo.

Machu Picchu e o Caminho Inca
Alguns prédios e cidades nunca foram encontrados pelos conquistadores ou foram deixados de lado devido a sua posição pouco interessante. Machu Picchu é o lugar mais importante que os espanhóis nunca encontraram. Oficialmente o professor norte-americano Hiram Bingham descobriu este mágico lugar em 1911. A cidade sagrada e os Incas foram famosos a partir desse momento, o Taj Majal de Latino America e provavelmente um dos lugares mais impressionantes do mundo. Muito pouca informação existe sobre a antiguidade de Machu Picchu. Os arqueólogos descobriram que a cidade foi um lugar religioso de peregrinação, construída no século XV e princípios do XVI e provavelmente nunca foi terminada. Pode ser que sua obra tenha sido interrompida pela invasão espanhola ou a guerra civil pouco antes da conquista entre Atahualpa e Huascar.

A cidade esta dividida em duas metades, uma área religiosa e outra residencial com uma grande praça no meio. Aproximadamente 1200 homens puderam ter vivido em Machu Picchu e seis homens eram suficientes para protegê-la. Construída sobre uma montanha e rodeada de selva subtropical da aos visitantes um sentimento de segurança e de serem intocáveis.

Este mágico lugar puede ser visitado a través del legendario Camino Inca. Hay uno o dos días de caminata, y la más popular es la caminata de 4 días desde el Valle Sagrado. Asegurese que está en buena condición física. El segundo día es el más difícil con 1000 metros para escalar hasta un paso de 4300 metros. Es riesgoso hacer esta caminata de cuatro días sin un guía, pero la de los dos días si se puede hacer solo. En una estación seca, cuando el sol esta muy caliente, recuerde llevar suficiente agua. Las caminatas por el Camino Inca organizadas son muy recomendadas. Usted podrá disfrutar de maravillosas vistas como las montañas blancas, glaciares, selvas sub tropicales y las ruinas Incas.

El Camino Inca cruza todo el imperio y fue descripto por los escritores como el mejor camino que jamas se haya visto. Aunque los Incas no sabían construir puentes de piedra, sus senderos constituyeron uno de los mejores sistemas de comunicación. Los peces del océano llegaban en dos horas a Cusco. Los mensajes y quipus de todo el imperio llegaban en forma segura y rápida a Cusco. Los quipus son un sistema matemático para contar usado para administrar el imperio. Un quipu estaba compuesto por cuentas y nudos de colores. Los corredores o chasquis realizaban distancias de 200 metros a 5 kms, dependiendo de las dificultades del terreno. Otro chasqui regresaba con los mensajes y víveres, en forma similar.

Machu Picchu
El profesor norteamericano Hiram Bingham busco, hace un tiempo atrás, la ciudad perdida de Vilcabamba. Este fue el último lugar donde los Incas se ocultaron. El 23 de julio de 1911 él junto con su equipo nuevamente regresó a lo más profundo de los Andes en busca de Vilcabamba. Confiado en las indicaciones de la cripta de un viejo documento sobre el ultimo Inca libre Manco Capac II quien escapó de los españoles luego de una rebelión derrotada en Cusco.

Las condiciones climáticas eran muy malas, pero un posadero estimuló el interés del profesor contando una historia sobre una ciudad ubicada en los alrededores. El profesor y su equipo permanecieron en la humilde posada prometiéndole al dueño un dólar de plata si es que los podía llevar hasta el lugar descripto.

El 24 de Julio Bingham, el posadero y un representante del gobierno peruano fueron a pesar del mal tiempo, nubes grises y lluvias tropicales. Los otros miembros del equipo prefieron permanecer en el hotel y lavar sus ropas. El profesor y los dos acompañantes tuvieron que cruzar el salvaje río Vilcanota a través de un puente de madera y trepar 600 metros de una empinada montaña. A mitad de camino el guía hablo con el propietario de una sencilla choza y decidió quedarse.

Bingham quiso continuar guiado por un niño de 10 años. Debieron trepar los terraplenes Incas hasta que finalmente su persistencia fue recompensada. Quedo parado frente a las paredes del Machu Picchu. La vegetación tropical había cubierto las ruinas, pero los restos estaban muy bien preservados. En los siguientes años Bingham tomo alrededor de 11.000 fotos del complejo.

En su libro "El descubrimiento del Machu Picchu" el escribió lo siguiente: "De repente me encontré parado frente a las paredes de una ruina y casas construidas con la mejor calidad del arte inca. Las paredes fueron difíciles de ver ya que los arboles y el musgo habían cubierto las piedras por siglos. Pero en la sombra del bambú y trepando los arbustos estaban las paredes visibles echas de bloques de granito blanco cortados con la más alta precisión. Encontré brillantes templos, casas reales, una gran plaza y miles de casas. Parecía estar en un sueño"

Ubicación:
El Machu Picchu esta ubicado entre montañas que superan los 5.500 metros y el siempre salvaje Río Vilcanota. La única manera de llegar allí era a través de un angosto sendero construido por los incas, El Camino del Inca. Hoy miles de turistas tiene acceso a la Ciudad Sagrada en tren. Los visitantes descienden del tren en Aguas Calientes y luego un colectivo los lleva hasta las ruinas. La ciudad del Machu Picchu esta ubicada por sobre 2.400 mts sobre el nivel del mar a 100 kms de Cusco.

Miles de visitantes aun llegan a La Ciudad sagrada por el Camino del Inca. Existen caminatas que tardan de 1 a 9 días, la mas común es de cuatro días. El segundo día hay un paso de 4.300 mts con vistas de glaciares, blancas cúspides y la mística selva tropical. El cuarto día varias ruinas ya podrán ser vistas y el guía les explicara con orgullo que estos lugares representaban el Imperio de los Incas, Tahuantinsuyo. A la izquierda esta la ruina de Wiñawaña donde el camino del Inca pasa un día antes de llegar al Machu Picchu. La ciudad Sagrada esta ubicada al otro lado de la montaña.

La Ciudad Sagrada está construída entre dos picos filosos, hacia el sur el Machu Picchu (Montaña vieja) y hacia el norte, un poco mas bajo, Huayna Picchu (Montaña Joven). 800 mts abajo yendo hacia el Urubamba (o el Río Vilcanota) a trabes de 90° de empinadas paredes. La vegetación es la hermosa selva tropical. Todo esto combinado con la belleza surrealista de la ciudad del Machu Picchu hacen del lugar uno de los mas bellos del planeta tierra.

Maravillosa en su totalidad
Aproximadamente 1.200 personas podrían vivir en Machu Picchu. Es realidad es difícil hablar de ella como ciudad porque no se encuentran ni 200 edificios. Hay un área religiosa, un área militar y una residencial divididas por majestuosas plazas. Sin embargo, lleva un tiempo visitar todos los edificios en forma separada. En el área religiosa existen templos, el sarcófago real, el Intihuatana y los edificios residenciales de los sacerdotes. Una parte de esta área esta reservada para el Inca, su compañera Mama Occllo y la casa real. Un edificio similar a un templo con tres ventanas grandes realizadas de bloques de granito perfectamente encuadradas, hizo sospechar a Bingham que había encontrado Tamo-toco. La descripción del (¿nunca encontrado?) templo legendario con tres ventanas, símbolo de las cavernas donde vivió el Padre divino del primer Inca (Manco Capac), era muy parecido a este extraño edificio en Machu Picchu. Pero esto es incierto ya que el estilo de la Ciudad Sagrada es post -Inca.

La zona más alta del área religiosa es el Intihuatana. Pegado a este lugar sagrado está una pequeña plaza plana donde el sumo sacerdote o Inca podía hablar a su gente. La acústica es perfecta en la gran plaza ubicada mas abajo, similar a los auditorios actuales. A la mano derecha de la plaza principal esta el área residencial y hacia arriba sobre una colina rocosa, la zona militar.

La misma Intihuatana es un cuadrante solar perfectamente modelado con el pico más alto de una roca natural. "Inti" significa "Sol" y "huatana" "atrapar", una roca que agarra al sol para que hable. Fue un altar para adorar al dios visible mas alto, el Inti. Peruanos de distintas regiones todavía vienen en el solsticio para ofrecer rezos y flores al Intihuatana

Roca y Sol unidos
En realidad Machu Picchu nunca estuvo deshabitada. Es la ciudad que los Españoles buscaron por años, El Dorado? Cuando el profesor Hirma Bingham llegó se encontró con familia de granjeros viviendo ahí. Ellos explicaron que ese era el lugar perfecto para no pagar impuestos o hacer el servicio militar. Bingham también encontró en algunas rocas graffitis realizados por antiguos visitantes quienes dejaron sus nombres. Uno de ellos fue Antonio Raimondi, el Conde de Sartiges y Charles Wiener. El nombre de los hermanos Santander todavía puede ser visto el la parte mas baja del Templo del Sol (1909).

El Gran Inca Pachacutec probablemente ordenó la construcción de la ciudad como un lugar de retiro sagrado ya que la edificación de los templos y las casas son de ese periodo. Miles de edificios pueden ser nombrados. El Torreón, por ejemplo, también conocido como el templo del Sol está construído sobre una cueva, una caverna que sirvió como depósito de Incas momificados y otros dignatarios; así también como altar para ofrecer rituales. El Torreón está completamente construído en granito, perfectamente pulido y los bloques se amoldan entre ellos. El templo es una pequeña Intihuatana cortada y servia como observatorio solar, esto también es visible el los dibujos hacia la mano derecha. Probablemente no había un techo que protegiera al templo de la lluvia y del viento. Las ventanas están ubicadas de tal manera que se pueda observar la salida del Sol durante el solsticio de verano e invierno. Estos días (21 de diciembre y 24 de junio) los primeros rayos solares fluyen dentro de una de las ventanas a través del Inti Punctu (La Puerta del Sol) o desde el otro lado por el valle de Vilcanota. Muchas otras cosas pueden ser descubiertas en el Machu Picchu.