Localização
Arequipa está localizada a 2325 metros de altura nas desérticas montanhas dos Andes. É uma bela cidade construída praticamente na sua totalidade por silhar, um tipo de pedra vulcânica de cor branca. Devido a isto Arequipa é chamada a Cidade Branca. Com um milhão de habitantes, Arequipa é a segunda cidade mais importante do Peru. A praça principal é a Praça de Armas que é considerada a mais bela do país. Sua imponente “Catedral” e seus centros comerciais estão desenhados em estilo colonial.
Principais Atrações
A Companhia
Uma Igreja cuja peculiaridade era oferecer resistência aos terremotos, essa é “a Companhia”. Não se conhece quando se construiu este prédio. Sobre a entrada principal se pode ler 1698, mais outras partes relacionadas a esta igreja Jesuíta datam do ano 1654. Devido a seu estranho estilo nós recomendamos visitar esta igreja. Não esqueça deixar suas marcas na capela Inácio. “A Companhia” esta localizada sobre a Praça de Armas.
Santa Catalina
O lugar mais interessante em Arequipa é o convento de Santa Catalina. Construído como uma cidade dentro de outra em 1580 e ampliada no século XVII. Provavelmente este seja o maior convento do mundo. 450 freiras têm morado aqui por mais de 400 anos, completamente afastadas do mundo exterior. Os habitantes de Arequipa não têm noção do que acontece entre as altas paredes do complexo. Muitas historias fantásticas giram em torno a este convento. Santa Catalina envolveu-se em um mistério silencioso até 1970 quando uma grande parte do convento abriu suas portas ao publico. A zona norte do complexo ainda esta habitada pelas freiras. Visitante locais e turistas podem conhecer livremente os outros lugares. Todo foi maravilhosamente renovado, suas pequenas ruas e quadras estão cheias de flores multicores e seus muros estão pintados com tinta fresca. Estreitas galerias o levam a diferentes partes do convento passando por pitorescas quadras e velhas salas com moveis originais. Ainda se pode respirar a atmosfera da escura Idade Media ao visitar o refeitório, a sala onde as freiras realizavam o lavado e uma completa biblioteca com incríveis coleções de livros. Infelizmente esta biblioteca não fica sempre aberta ao publico. Alguns dos visitantes permanecem o dia inteiro e podem entrar no setor habitado do convento, o que brinda muita inspiração. O convento de Santa Catalina esta localizado sobre a rua que leva o mesmo nome a três quarteirões da Praça de Armas.
La Recoleta
Ao lado do Rio Chili esta o convento Franciscano La Recoleta. O prédio original data do ano 1648 e foi completamente reconstruído depois do terremoto de 1687. Nele há uma biblioteca com mais de 200.000 livros. Os Franciscanos são conhecidos por estudar e ensinar toda sua vida. Existem milhares de livros antigos. O mais antigo é do ano 1494. Eles guardam uma variedade de obras de arte anteriores e posteriores a época da conquista as quais podem ser visitadas. Os índios realizaram parte destas obras que foram importadas pelos missioneiros desde a selva tropical. La Recoleta pode ser visitada diariamente de 9 a.m. a 1 p.m. e de 3 p.m. a 5 p.m.
Casas coloniais
Perto das edificações religiosas, Arequipa tem belas casas coloniais construídas entre os séculos XVII e XVIII. Algumas delas ainda são propriedades privadas, a maioria está sendo vendida aos bancos ou reformadas como centros comerciais e hotéis. Algumas de estas fantásticas casas coloniais ainda podem ser visitadas. Deve prestar especial atenção à perfeita obra humana, aos jardins, estatuas e frentes
Arredor de Arequipa
Parques Nacionais
Sempre se pode ver neve no topo do “Misti”, o “Chanchani” e o “Picchu Picchu”. A Costa esta a somente duas horas ao Oeste, e para o Leste encontramos a surrealista área vulcânica de Arequipa que está situada no Parque Nacional de “Pampas de Cañihuas” habitado por llamas e alpacas. Os guanacos e as vicunhas também são parte deste cenário. Assim os visitantes podem apreciar quatro diferentes camélidos americanos em um só dia. Esta meseta esta situada a mais de 3,800 metros. Também, a vista é espetacular. Passando uma pequena montanha, a Vila Viscachani esta a 4,150 metros, o caminho continua ascendendo para o altiplano a 4,800 metros onde nada cresce. Uma grama espessa de 2 cms cresce todos os anos e um musgo de cor marrão se reproduz perifericamente, sendo a única vegetação existente. Por isto vários animais se adaptaram a estas alturas, a vicunha e a llama aprenderam a comê-la. Passando o altiplano chega-se a um vale onde o caminho desce para a vila Chivay. Este lugar é o maior povoado do vale do Colca. Hotéis e restaurantes oferecem seus serviços. Perto de Chivay ficam as primaverais águas térmicas esquentadas naturalmente pelo vulcão. Aproximadamente 600 anos atrás os Incas usavam estas águas para curar problemas da pele com o sulfuro verde que existe nelas. Um simples mais engenhoso sistema de canais leva a água de 72°C até enormes piscinas com 38°C. Nadar nestas águas é uma experiência relaxante e muito recomendada, enquanto se faz isto pode observar as montanhas do outro lado do rio Colca. Assim que não esqueça sua roupa de banho e uma toalha para realizar esta viagem.
O Cânion do Colca
Chivay está localizada a 160 kms. ao Leste de Arequipa e é um dos lugares de descanso mais apreciado pelos turistas que vão para o Cânion do Colca. As pessoas desta zona estão orgulhosas de chamar a este vale o mais profundo do mundo: uma montanha de 3200 metros desde a cima até o rio. Mais este cânion é visitado para ver e fotografar a maior ave do planeta: o Condor. Ainda que seja uma espécie em vias de extinção, todavia se pode ver com freqüência muitos deles. Esta ave parecida a um urubu sai a caçar cedo pela manhã e à noite. A maioria dos condores estão entre dezembro e março na costa devido a estação chuvosa dos Andes. Caminho à zona mais profunda do cânion, pode ver o misterioso Toro Morto. Este cemitério da cultura Wari está construído a 90° da ladeira da montanha. É difícil de crer que este povo trazia a seus mortos até este lugar já que é difícil de escalar ainda para um alpinista experimentado. Os mortos eram enterrados em posição fetal, como era costume fazer no resto do Peru nos tempos antigos. “O homem deve partir do mesmo jeito que chegou”, diz a Bíblia deles não escrita. Dez quilômetros para cima pelo caminho chega-se ao mirante da “Cruz do Condor” onde o rio Colca se pode ver 1,200 metros abaixo. Para o outro lado do vale fica o Monte Mismi localizado com sua cima a 3,200 metros sobre o Colca. Um pouco mais baixo há cânions que são accessíveis unicamente a pé, por caminhantes treinados e bem equipados.
Historia
Existem duas teorias sobre a origem do nome Arequipa. Faz muito tempo atrás os Aymaras fundaram uma colônia neste lugar. Na sua língua “Aymara”, ”ARI” surge por “cima” e “QUIPA” por “que jaz por trás”. Na realidade, este majestoso vulcão, “O Misti” pode ser visto desde Arequipa. Uma segunda teoria diz que o nome vem da língua dos Incas, o Quéchua. A lenda conta que Mayta Capac, o quarto Inca, viajou através do vale. Uma coluna de soldados, virgens sagradas e nobres escoltavam ao Inca. Mayta Capac viu a colônia que nunca tinha sido visitada por algum imperador e ficou tão assombrado por sua beleza e a importância estratégica como conexão entre o oceano e Cusco, no centro dos Andes que dize: “Ari, quipay” traduzido como “Sim, ali esta”. Diante o desejo do Inca, alguns membros da sua comitiva se estabeleceram neste lugar para desenvolver a área como uma importante cidade para o Império Incaico. Arequipa foi completamente destruída em 1,600 por um forte terremoto e uma erupção vulcânica. Os espanhóis fundaram esta cidade o 15 de agosto de 1540. Esta data é recordada ainda com festas dentro e fora de Arequipa com carnavais e férias noturnas durante a semana. O clímax festivo é o 14 de agosto com fogos artificiais na Praça de Armas. O Misti (o cavaleiro) não é o único vulcão próximo a Arequipa, mas sim o mais famoso e elegante, no meio estão dois menores, o “Chachani” (o amado) e o empinado “Picchu Picchu” (a cima cima). A pressão entre as placas tectônicas de America Latina e o Pacifico criaram algumas datas memoráveis em Arequipa. Em 1687 e 1868 terremotos destruíram a maioria dos prédios da cidade. Assim também a Catedral e a igreja de São Francisco foram danificadas. Grande parte das igrejas datam de 1868. A reconstrução da Catedral acabou em 1898. É por isso que parece bastante fria em comparação as outras catedrais do Peru. Na sua parte externa a Catedral mostra um impressionante estilo barroco.